Anunciaram a tempestade
Previram o desastre
Disseram: “é inútil navegar”. Não os ouvi…
É forte o nevoeiro e a aurora agora é lembrança distante…
O desespero não ajuda nas perspectivas!
Creio no meu barco, meu barco balançado pelas ondas
Não estou só…
Nunca estive só…
Marujo, com marujo, uma tripulação sem capitão: uma senda de iguais
Uma carta náutica velha, alguns cacos de astrolábio
E sorrisos!
Irmãos meus que fiz na vida
Banham-me o rosto com sal e o sorriso com pérolas!
A tempestade vem, é certo…
Mas sobreviveremos
A tempestade vem, é certo
Mas não será a primeira, nem a última, nem a pior, a mais forte.
É preciso navegar…
E virá à tormenta
E estaremos juntos
E quando acabar, ah! Quando acabar!
Será nosso papel contar as histórias…