Mundo muda no momento preciso
E a loucura é vertigem, que vira miragem: Tuareg
Vivendo nas dunas amarelas do tempo que se esvai nos dedos.
Vi as cores que se misturam
Paisagens que se transformam
Tão iguais, mas tão únicas
Uma monotonia que é transposta no vento.
Dias iguais, dias áridos
Ciganos guerreando com cimitarras
Pelo pão ázimo que se desfaz nos dedos.
Mudança e estabilidade
Areia e tempo
Ampulheta precisamente apontada para o fim
Moto perpétuo de uma realidade fluida
Totalmente voltada para um desterro inóspito:
Desperdício de tempo, de juventude, de cor
De sustância
Mágica encastelada, esperando o feitiço para virar
Realidade.