Certo que as luzes viram noite
Quando a Paulicéia pulsa noutro ritmo
Eis que me viro sombra, tentáculo.
Percebo na outra um cheiro de passado que permanece.
Que é o tempo?
Sou eu com minhas andanças
Pernambucanas
Sou eu com minhas miçangas
Baianas
Com minhas espiritualidades
Ciganas
Possuo o céu em meus braços cálidos quando o cheiro na noite me oscula o colo
Cão sem dono do esquecimento
Tombo em auroras de um passado meu, vivendo um presente que é nosso.
Paul Ricoeur nos banha com isso: narrativas.
Quero o pendão solitário de uma noite pungente
Paixão atroz com realidade ausente
Vivo o sonho e esqueço em realidade quem sou
Intenso e Belo
Filhos dos meus orixás
Danço no bairro operário produzindo novas histórias
Novos presentes movidos pelo mecanismo inexplicável do tempo
Eis-me aqui, com as flores
Do mal, obviamente, mas ainda flores vencendo o canhão de Caetano.
Vivi, Eu sei. Vivi porque fui.
E agora, embriagado e moribundo, vegeto entre silêncios e versos
Sou eu, mas sou muitos.
Sou ópio, mas filho da Terra
E o vento é meu destino pelo céu
É muito babaca e pau no cu…
O idiota vai para o Rio é fica falando merda de São Paulo.
Agora faz um poema sobre a Mooca.
Seu hipócrita do caralho, esquerdomacho…
Exemplo de lixo humano.
Poeta de guardanapo
Obrigado pelo carinho