Face

Face que a flor

Fornece o furor

Fenece a função

Fornica a razão

E finca a fusão

Felicitação

Lambe que a voz

Suave sucumbe

A face ilumina

A situação

E a noite domina

O dia termina

A fuga, fugaz,

Frutifica o chão

E fica na fronte

A face gentil de Anacreonte

Fundada

No inocente horizonte

Não sabe o lado de onde

A face supondo

Face que firma

Face marina

Face sublime

Pacificação

O pão que suspira

A fascinação

A indolente pira

Que sobe e domina

Que muda e consuma

E termina

E muda e transforma a sina

E muda a face

Ruborização

Face

Que se fosse outra face

Moeda falsa que passa

Moeda falsa que grita

Duas caras na mesma corrida

Em face do mesmo dilema

Fácil

Fático

Fálico

Fim

Confusão…

5 comentários

  1. ana p. disse:

    Como eu li meio que correndo [a pressa é inimiga da perfeição], eu não entendi mto bem.

    Me sinto péssima quando não compreendo um poema.

  2. J.F. de Souza disse:

    São as inúmeras
    faces
    do mundo
    e dos seres
    que se misturam
    heterogêneos

    Revolução

  3. Selph disse:

    Então vc foi ao Chile, voltou de lá (suponho) escreveu dois poemas e ainda está vivo por estas paragens….

    Estou lendo aos poucos sobre a sua viagem. Sobre o poema, me deu a impressão de…

    (não entendi tmb)

    …embora ele me pareça falar sobre dualidade (oh termos técnicos!)

  4. *LIS disse:

    Muito bom! Tem umas rimas bem interessantes, e permite interpretacoes multiplas…

    Ha muito tempo nao entrava neste blog, e fiquei feliz em ve-lo atualizado!

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